A unidade foi criada para proteger o último remanescente florestal do MA.
O Ibama apreendeu 2,3 mil m3 de madeira ilegal na região.
Uma grande área para a retirada de madeira ilegal foi detectada na Reserva Biológica (Rebio) do Gurupi, no Maranhão. No sábado (3), um sobrevoo na unidade identificou grande movimentação de caminhões e tratores na área protegida. A unidade de conservação há anos é alvo de madeireiras ilegais.
Foram encontrados quilômetros de estradas abertas. As árvores abatidas eram armazenadas em 20 clareiras dentro da Rebio, onde eram estavam centenas de troncos de madeira de lei como louro, jatobá, maçaranduba, ipê e amarelão. As derrubadas aconteciam há dois meses. Um acampamento dentro da Rebio empregava 20 homens em condições subumanas, alojados no meio da mata, sob tendas de lona, sem registro na carteira de trabalho.
O maquinário apreendido revela a dimensão da atuação das madeireiras ilegais na área. Foi apreendido um caminhão-toureiro, duas carretas bi-trem, duas pás-carregadeiras adaptadas para empilhar toras, um trator, duas caminhonetes L200, uma caminhonete F1000, um caminhão Toyota, cinco espingardas, munição, três armas artesanais de caça e material de pesca
A equipe responsável pela ação foi coordenada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), com apoio da Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal.
A atuação na região de Buriticupu, no leste do Maranhão já fechou inúmeras serrarias que, além da invasão na Rebio, também estariam comercializando madeira ilegal das terras indígenas de Arariboia, Alto Turiaçu, Caru e Awá.
Em sua atuação na área, o Ibama já aplicou cerca de R$ 1,3 milhão em multas. Foram destruídos dezenas de fornos de carvão e apreendida mais de 2,3 mil metros cúbicos de madeira ilegal. Ttrês serrarias já foram fechadas.
A Rebio do Gurupi é uma unidade de conservação de proteção integral das mais restritivas. Com 1,7 milhão de hectares, é uma das últimas áreas de floresta intacta do Maranhão.
Comentário
Apesar da existência de leis contra o desmatamento, ele continua e em grande escala. Ao desmatar muitos animais são mortos e muitas vezes acabam destruindo áreas indígenas, que além de terem pequenas áreas, ainda acabam perdendo as mesmas.
Mesmo sendo uma tarefa muito difícil, o combate a esse desmatamento vem sendo realizado pelo Ibama, por meio de fiscalização dessas áreas e por aplicações de multas quando encontrados.
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